O cante alentejano tem a sua origem na herança cultural deixada pelos árabes no nosso País
Nasceu no campo em função do trabalho. Foi uma necessidade sentida pelos trabalhadores para lhes aconchegar o espírito e lhes aliviar o corpo. Nasceu nas idas e nas vindas do trabalho e cultivou-se na dureza da azáfama.
Era o grito grito que aliviava, um suspiro que tornava menos amarga a dureza da vida.
“Os cantadores, geralmente homens do campo, cantam em grupo, divididas as vozes em três naipes: o Ponto, o Alto e as Segundas vozes. A função do Ponto é iniciar a moda, retornada depôs pelo Alto, e em seguida pelas segundas vozes, constituindo assim o coro.
Nasceu no campo em função do trabalho. Foi uma necessidade sentida pelos trabalhadores para lhes aconchegar o espírito e lhes aliviar o corpo. Nasceu nas idas e nas vindas do trabalho e cultivou-se na dureza da azáfama.
Era o grito grito que aliviava, um suspiro que tornava menos amarga a dureza da vida.
“Os cantadores, geralmente homens do campo, cantam em grupo, divididas as vozes em três naipes: o Ponto, o Alto e as Segundas vozes. A função do Ponto é iniciar a moda, retornada depôs pelo Alto, e em seguida pelas segundas vozes, constituindo assim o coro.
Meio-dia. O sol a prumo cai ardente,
Dourando tudo…ondeiam nos trigais
D´ouro fulvo, de leve…docemente…
As papoulas sangrentas, sensuais…
Andam asas no ar; e raparigas,
Flores desabrochadas em canteiros,
Mostram por entre o ouro das espigas
Os perfis delicados e trigueiros…
Tudo é tranqüilo, e casto, e sonhador…
Olhando esta paisagem que é uma tela
De Deus, eu penso então: onde há pintor,
Que possa imaginar coisa mais bela,
Mais delicada e linda neste mundo?
Poema de Florbela Espanca
Olá Emília!
ResponderEliminarTenho, ultimamente, me aproximado muito da cultura portuguesa e quanto mais leio e assisto imagens como essa, mais me encanto!
Como é rica a cultura e nesse caso, como é bacana ver a história cantada. O poema finalizou com chave de ouro! Florbela Espanca é admirável!
Grande beijo,
Jackie
Emília, eu vivo dizendo à minha mulher que se eu tivesse uma capacitação profissional um pouco melhor, eu gostaria de viver em Portugal, de preferência em cenários bucólicos, tais quais você lindamente exemplifica nas fotos.
ResponderEliminarÉ uma pena a crise econômica por qual passa Portugal, mas ainda quero percorrer o Tejo e o Minho e parar em verões pela Madeira e Açores.
Emociono-me com o canto português também porque minha cidade [e de ascendência açoriana, e no sul do Brasil a alma européia e bucólica preenche os corações.
Belas vizes, bela melodia! Boa semana para ti!
Beijos!
OI Emilia obrigada por partilhar essa postagem e as fotos, olha a ultima foto é encantadora, amo o campo, já morei no interior e foi um dos melhores momentos!!
ResponderEliminarTudo é tranqüilo, e casto, e sonhador…
Olhando esta paisagem que é uma tela
De Deus, eu penso então: onde há pintor,
Onde há artista de saber profundo,
Que possa imaginar coisa mais bela,
Mais delicada e linda neste mundo?
Te desejo um belo dia amiga!!!!!!!!
Lindo, lindo! Sabes que eu sou Alentejana? O meu Alentejo (Alto) sempre foi verdinho e cheio de riachos e barragens. Muitos olivais, muita vinha, muito pinhal, muito chaparral, muitas flores! Essas cantigas cantam-se à desgarrada na tasca, quando os amigos se encontram e já levam um grãozinho na asa... rsrs
ResponderEliminarAdorei, Emília!
Oi querida Emília,
ResponderEliminarQue lindo, tudo!
Esta ruazinha, com casas branquinhas...
Que paisagens!
Assim como a minha querida Jackie, não sei bem o motivo, tenho sentido vontade de voltar para casa. Quer dizer: A terra mãe!
Um dia quem sabe, deitarei em seu (dela) colo, e sentirei todo o frescor do inicio de tudo...
Seja feliz querida. Aproveite esta delícia, por todos nós.
Eu sou assim, igual a Dona Neide, uma eterna enamorada pelo belo!
Grande beijo.